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O losango negro
Mário de Andrade, intérprete do Brasil
Autor: Angela Teodoro Grillo
Editora: Cobogó
Avaliação:
15% OFF
R$ 96,00R$ 81,60 á vistaEm até 4 de 20.40 s/juros
Fora de estoqueCódigo: 9786556911854
Categoria: Teoria e Critica Literária
Descrição Saiba mais informações
O losango negro: Mário de Andrade, intérprete do Brasil, de Angela Teodoro Grillo, coloca em perspectiva a presença e a influência da vida negra na obra do escritor. A autora propõe uma leitura inédita, que mostra o quanto a arte, a cultura e as questões da experiência negra no Brasil atravessaram diferentes dimensões da produção de Mário de Andrade, o “bardo mestiço” — da criação literária à crítica, dos estudos folclóricos e culturais à sua atuação política.
O ponto de partida dessa análise é o conjunto de documentos Preto, nomeado desse modo pelo próprio Mário de Andrade e descoberto pela autora nos arquivos do IEB-USP em 2007. Esse material, composto sobretudo de notas de trabalho, que atestam leituras e comentários, reunido entre o fim da década de 1920 e a morte do modernista, em 1945, abrange aspectos culturais, históricos e antropológicos relacionados à população negra no Brasil. O livro O losango negro inclui parte desse dossiê, além de outros ensaios abordados pela autora, como “Plano para a comemoração do Cinquentenário da Abolição em São Paulo” [1938], “Sugestões para a comemoração do Cinquentenário da Abolição” [1938] e “A expressão musical dos Estados Unidos” [1940].
A análise de Angela Teodoro Grillo abre caminhos para reconsiderarmos Mário de Andrade a partir de aspectos de sua obra que, por muito tempo, foram deixados em segundo plano. A imagem do “losango” — recorrente na obra do intelectual — se torna uma encruzilhada onde diferentes vetores se encontram: um espaço de cruzamento de culturas, consciência da mestiçagem, reconhecimento da violência do racismo e valorização da cultura brasileira.
“A vida negra não fugiu, portanto, às lentes de Mário de Andrade. Cabe perguntar por que, durante tanto tempo, isso não foi devidamente explicitado. Um livro como o de Angela nos ajuda a descobrir as razões.” Mário Augusto Medeiros, sociólogo e Professor Livre-Docente da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp
“Este livro, ansiosamente aguardado, revela como são infundadas as acusações de que o ‘bardo mestiço' dissimulava sua cor e suas origens, herdadas de suas avós negras.” Ligia Fonseca Ferreira, Professora Associada do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
"Se Exu iconiza a complexidade da nossa formação cultural — ele é a própria semiose, como nos ensina Leda Maria Martins —, permanentemente em processo, Mário Raul de Morais Andrade é o nome do homem-signo que nos desafia a ler o signo Brasil como uma pergunta em aberto: difícil, interrompida, mil vezes reperguntada." Ricardo Aleixo, poeta, artista e pesquisador das poéticas intermídia
Trechos
“Os ecos ainda tradicionais da campanha abolicionista e consequente libertação dos escravos, [...] seriam provas contundentes de que no Brasil não existe linha de cor. Mas se formos auscultar a pulsação mais íntima da nossa vida social e familiar, encontraremos entre nós uma linha de cor bastante nítida, embora o preconceito não atinja nunca as vilanias sociais que se pratica nas terras de influência inglesa. Mas, sem essa vilania, me parece indiscutível que o branco no Brasil concebe o negro como ser inferior.” Mário de Andrade, no texto “Linha de cor” (1939), presente em O losango negro
“Ao focalizar a lírica, procuro organizar e mensurar os estudos da cultura negra e das relações raciais no pensamento de polímato e, ao fim e ao cabo, na compreensão mariodeandradiana do Brasil. O escritor, ao longo da vida, alcança o entendimento de complexidades sociais de um país que tradicionalmente camufla violências do preconceito racial e do racismo sistêmico. Mário de Andrade poeta denuncia problemas coletivos e individuais, de classe e de cor; além disso, o negro, como alteridade por ele observada surge também na esfera da arte e do amor, enquanto felicidade, beleza e completude, oferecendo ao leitor múltiplas possibilidades de existência da população negra brasileira, na contramão de estereótipos que encarceram.” Angela Teodoro Grillo
Páginas | 336 |
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Data de publicação | 02/10/2025 |
Formato | 21 x 14 x 1.7 |
Largura | 14 |
Comprimento | 21 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Subtitulo | Mário de Andrade, intérprete do Brasil |
Classificações BISAC | LIT004040 |
Classificações THEMA | JBF |
Idioma | por |
Peso | 0.38 |
Lombada | 1.7 |
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