Diz Deleuze, em Mil Platôs, que um livro não tem objeto nem sujeito; é feito de matérias diferentemente, de datas e velocidades muito diferentes. Num livro, como em qualquer coisa, há linhas de articulação e segmentaridade, estratos, territorialidades, mas também linhas de fuga, movimentos de desterritorialização e desestratificação. Fazendo rizomas expressa a vontade de experimentar um tipo de pensar onde cada um dos que aqui escrevem são vários, uma multiplicidade, articuladores de um jogo de regimes e estados de coisas. É esta proposição: fazer rizomas, pensar sem uma raiz, mas ligar-se como tubérculos, conectados em múltiplos encadeamentos de afectos.